segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Marabó O Grande Exú!!!

A historia do “Exú Marabô”.

O reino estava desolado pela súbita doença que acometera a rainha. Dia após dia, a soberana definhava sobre a cama e nada mais parecia haver que pudesse ser feito para restituir-lhe a saúde. O rei, totalmente apaixonado pela mulher, já tentara de tudo, gastara vultosas somas pagando longas viagens para os médicos dos recantos mais longínquos e nenhum deles fora capaz sequer de descobrir qual era a enfermidade que roubava a vida da jovem. Um dia, sentado cabisbaixo na sala do trono, foi informado que havia um negro querendo falar com ele sobre a doença fatídica que rondava o palácio. Apesar de totalmente incrédulo quanto a novidades sobre o caso pediu que o trouxessem à sua presença. Ficou impressionado com o porte do homem que se apresentou. Negro, muito alto e forte, vestia trajes nada apropriados para uma audiência real, apenas uma espécie de toalha negra envolta nos quadris
um colar de ossos de animais ao pescoço. - Meu nome é Perostino majestade. E sei qual o mal atinge nossa rainha. Leve-me até ela e a curarei. A dúvida envolveu o monarca em pensamentos desordenados. Como um homem que tinha toda a aparência de um feiticeiro ou rezador ou fosse lá o que fosse iria conseguir o que os mais graduados médicos não conseguiram? Mas o desejo de ver sua amada curada foi maior que o preconceito e o negro foi levado ao quarto real. Durante três dias e três noites permaneceu no quarto pedindo ervas, pedras, animais e toda espécie de materiais naturais. Todos no palácio julgavam isso uma loucura. Como o rei podia expor sua mulher a um tratamento claramente rudimentar como aquele? No entanto, no quarto dia, a rainha levantou-se e saiu a passear pelos gramados como se nada houvesse acontecido. O casal ficou tão feliz pelo milagre acontecido que fizeram de Perostino um homem rico e todos os casos de doença no palácio a partir daí eram encaminhados a ele que a todos curava. Sua fama correu pelo reino e o negro tornou-se uma espécie de amuleto para os reis. Logo surgiram comentários que ele seria um primeiro ministro que agradaria a todos, apesar de sua cor e origem, que ninguém conhecia. Ao tomar conhecimento desse fato o rei indignou-se, ele tinha muita gratidão pelo homem, mas torná-lo autoridade? Isso nunca! Chamou-o a sua presença e pediu que ele se retirasse do palácio, pois já não era mais necessário ali. O ódio tomou conta da alma de Perostino e imediatamente começou a arquitetar um plano. Disse humildemente que iria embora, mas que gostaria de participar de um último jantar com a família real. Contente por haver conseguido se livrar do incomodo, o rei aceitou o trato e marcou o jantar para aquela mesma noite. Sem que ninguém percebesse, Perostino colocou um veneno fortíssimo na comida que seria servida e, durante o jantar, os reis caíram mortos sobre a mesa sob o olhar malévolo de seu algoz. Sabendo que seu crime seria descoberto fugiu embrenhando-se nas matas. Arrependeu-se muito quando caiu em si, mas seus últimos dias foram pesados e duros pela dor da consciência que lhe pesava. Um ano depois dos acontecimentos aqui narrados deixou o corpo carnal vitimado por uma doença que lhe cobriu de feridas. Muitos anos foram necessários para que seu espírito encontra-se o caminho a qual se dedica até hoje. Depois de muito aprendizado foi encaminhado para uma das linhas de trabalho do Exu Marabô e até hoje, quando em terra, aprecia as bebidas finas e o luxo ao qual foi acostumado naquele reino distante. Tornou-se um espírito sério e compenetrado que a todos atende com atenção e respeito. Saravá o Sr. Marabô!                                                     ( Texto de Wikipedia)


Mais sobre:
Exu Marabô



 Arquétipo e Características Open in new window
EXU  “O guardião das trevas,
nunca deixará o devedor impune,
nem de amparar quem merece.”

 
Exu quem transporta a oferenda (essência) e a mensagem. É essa uma das razões, porque Exu deve ser sempre ofertado primeiro que todos. Inclusive nas casas de culto, Exu e Pombagira – seu complemento feminino, são sempre saudados e oferendados antes de se iniciar qualquer ritual.
Mas além de mensageiro, é Exu quem protege os médiuns e as casas de culto, de espiritos perturbadores, para que a caridade possa ser praticada durante os rituais, e durante o atendimento.Exu tem também o poder oracular, pois como se costuma dizer:Exu tudo sabe, tudo ouve, tudo vê, e tudo transmite. É por isso muito procurado e apreciadas suas consultas quando incorporado em seus médiuns, pois logo vai falando e tentando arranjar solução para todos os problemas.


Informações:     j0301252

 Dia da semana: Segunda Feira.
Fio de contas: Preto e Vermelho.
Saudação: Larôie.
Domínio: Encruzilhadas.
Elemento: Penis (representa fertilidade).
Comida: Padé e Acaçá.
Animal sagrado: Bode e Galinha
Erva: Folha do Fogo, Arruda, Palma de Exú, Aroeira brava .



Zuela  Marabô...  MC900324258[1]




Seu Marabô e uma beleza
Eu nunca vi um Exú assim
Seu Marabô e uma beleza
Ele e madeira que não da cupim...

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Seu Marabô me cubra com sua capa
Seu Marabô me cubra com sua capa

Na sua capa ninguém escapa
A sua capa e manto de caridade
Sua capa cobre tudo
Só não cobre a falsidade




Open in new windowPOMBAGIRA“Quem se deixar afundar no mundo dos desejos,e beber o veneno da luxúria dos sentidos,
tornar-se-á no seu próprio escravo.”






HIstoria  do Sitio de Pai Adão ...






É a mais antiga casa de culto Nagô de Pernambuco e uma das mais venerandas do Brasil, considerada uma das matrizes da nação de culto afro-brasileiro Nagô, que guarda alguma semelhança com a nação Ketu da Bahia, similar ao Xambá e ao Tchamba de Togo, e Trinidad e Tobago.
* Primeiro terreiro a ser tombado por um governo estadual.
* O tombamento foi feito pelo Decreto 10.712, de 5 de setembro de 1985, pelo Governo do Estado de Pernambuco.[1]

Pai Adão - Ope Watanan

O Ilê Obá Ogunté, mais conhecido hoje como Sítio de Pai Adão, é um modelo de culto sob todos os pontos-de-vista: na sofisticação ritual, na beleza de sua música e da dança, no número de divindades cultuadas (ali são cultuadas divindades não encontradas em nenhum outro culto do Brasil), no poder espiritual das possessões, tudo indicando uma tradição conservada com fidelidade às suas raízes.

Tia Inês, ao vir para o Brasil, trouxe consigo várias divindades, sob a forma de símbolos, imagens, objetos e inclusive sementes, para plantar uma imensa gameleira, ainda existente que é venerada como a divindade Iroko.

Ainda preserva em seu espaço-físico um baobá com mais de um século de existência e com mais de 10m de diâmetro, raro no Brasil por ser mais comumente encontradas espécimes desse porte nos locais de onde são nativas, na ilha de Madagascar (o maior centro de diversidade, com seis espécies), no continente africano e na Austrália (com uma espécie em cada).

A casa funcionou sempre como uma grande comunidade de negros africanos e de seus descendentes. Com a morte de Ifá Tinuké, ela passou a ser liderada por Felipe Sabino da Costa (Ope Watanan), conhecido por Pai Adão (sucessor de Tia Inês), que foi a maior personalidade da história do Xangô do Recife ou "Casa Amarela", entre outros talentos, por seus poderes espirituais, seu conhecimento profundo dos fundamentos rituais, estéticos e mitológicos da tradição e seu domínio do idioma Iorubá.

O babalorixá atual é Manoel do Nascimento Costa, mais conhecido como Manuel Papai, e a iyalorixá Maria do Bonfim. Na nação Nagô-Egbá sempre são duas pessoas que dirigem a casa: um babalorixá e uma iyalorixá, ou seja, um pai e uma mãe-de-santo.

De Pai Adão, todo o conhecimento foi transmitido sucessivamente a Obalonein, Fatemi e Oluandê, para que finalmente fossem passados em Belford Roxo a Osunaloji (Pai Milton), que zela pela conservação e manutenção dessa tradição recebida, no Ilê Axé Agawere Xapanan. Em seu ilê (casa), cujo orixá patrono é Iemanjá, as novas gerações de filhos de santo recebem dele todo esse rico arsenal de cultura afro-brasileira, com fundamento na nação Nagô-Egbá.

No Maranhão, a Casa Fanti Ashanti, em São Luís, nação Jeje-Nagô, babalorixá Euclides Menezes Ferreira (Talabian),(de Oxaguiã c/Oxum) e Mãe Isabel de Xangô com Oxum. A raiz é do Sitio de Pai Adão - Nagô do Recife - liderado hoje por Manuel Papai e Maria das Dores ja falecida, juntamente Pai Raminho de Oxossi que incentiva os desfiles de Maracatu no Carnaval do Recife[2].

Em São Paulo, a iyalorixá Maria das Dores Talabideiyn deixou a seu filho Pai José Alabiy (José Gomes Barbosa), babalorixá do Ilê Axé Ajagunã Obá Olá Fadaká, a tradição Egbá, passada à sua filha Oya Dolu (Lorena de Santiago) iyalorixá do Ilê Axé Oya Tundê, juntamente com Baba Alajemi (Nilso Jorge Júnior), onde também se preservam os mais antigos fundamentos do Nago-Egba. Entre outros, destaca-se a iyalorixá Valdecir de Obaluaye que, sendo filha-de-santo de Osunalogi, traz consigo a tradição e cultura dessa grande raíz.
Também no município de Guarulhos-SP, existe o Abassá de Xangô Agodo e Obafunle dirigido pelo babalorixá Alexandre de Odé e a iyalorixá Dida de Xangô (Mãe carnal de Pai Alexandre), que receberam o Axé e os ensinamentos de Manuel Papai, Tia Mãezinha e Mãe Janda (in memoria), dos quais preservam e cultuam os fundamentos Nagô-Egbá. Além de divulgarem a raíz, eles também participam de atos e ações sociais, religiosos, políticos e são os responsáveis espirituais pelo bloco Afro Ilú Oba De Min, formado por mulheres percusionistas que fazem um trabalho de educação, cultura e arte negra.





Xangô do Nordeste também conhecido como Xangô do Recife, Xangô de Pernambuco ou Nagô Egbá.


Em todo o Nordeste da Paraíba à Bahia, a influência dos Iorubas prevalece a dos Daomé. Esta é a zona mais conhecida quanto às religiões africanas, a que deu lugar a maior número de pesquisas e de trabalhos. Se encontra duas palavras para designá-las, a de Xangô em Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, e de Candomblé da Bahia para o sul, esta dualidade de nomes, que não são nomes dados pelos negros, mas sim pelos brancos em virtude da popularidade e importância de Xangô nessa região, e Candomblé por designar toda dança dos negros, tanto profanas como religiosas.

Pureza Nagô

Mundicarmo Ferretti em "Pureza nagô e nações africanas no Tambor de Mina do Maranhão" escreve: "Os terreiros de religião de origem africana mais identificados com a África geralmente constroem sua identidade tomando como referência o conceito de “nação”, que os vincula ao continente africano, à África negra, através de uma casa de culto aberta no Brasil por africanos antes da abolição da escravidão (“de raiz africana”). No campo religioso afro-brasileiro, os terreiros Nagô mais antigos e tradicionais da Bahia foram considerados, tanto por pais-de-santo como por pesquisadores da área acadêmica, como mais puros ou autênticos e sua “nação” como mais preservada e/ou organizada. A partir do que foi convencionado na Bahia como “nagô puro”, têm sido avaliados terreiros nagô de outros estados das mais diversas denominações: Candomblé, Xangô, Mina, Batuque e outras. Analisando a questão da “pureza nagô”, Beatriz Góis Dantas (Dantas, 1988), apoiada em pesquisa realizada em Sergipe, mostra que, apesar da hegemonia do Candomblé nagô da Bahia na religião afro-brasileira, os indicadores de autenticidade africana ou “pureza nagô” adotados na Bahia nem sempre são os mesmos de outros estados e que traços muito valorizados no Candomblé da Bahia podem ser desvalorizados ou até rejeitados em terreiros de outras localidades."

“Qual o sentido da palavra “Obrigação”.

Alguém já parou para analisar porque chamamos nossas oferendas principais de obrigação???
Eu já e pesquisando no pai dos burros encontrei o seguinte:
o.bri.ga.ção
sf (lat obligatione) 1 Ato de obrigar. 2 Imposição ou vínculo legítimo que sujeita a vontade, exigindo dela que faça ou deixe de fazer alguma coisa. 3 Necessidade moral de praticar ou não praticar certos atos. 4 Cláusula num contrato pela qual uma das partes se obriga a fazer qualquer coisa. 5 Favor, serviço (mais usado no plural): Dever obrigações a alguém. 6 Dívida, hipoteca. 7 Escrito pelo qual alguém se obriga ao pagamento de uma dívida, ao cumprimento de um contrato. 8 Título de dívida amortizável do Estado ou de companhias mercantis. 9 Compromisso, dever, encargo. 10 Coação, imposição, sujeição. 11 pop A família. 12 Mister, tarefa. 13 pop Esposa ou amásia. 14 gír Candomblé.

Ou seja, quer dizer muita coisa e no próprio dicionário menciona que seria uma gíria utilizada no Candomblé. Tentando se aprofundar no tema utilizando seu sentido amplo cheguei a conclusão que chamamos de obrigação por que é um compromisso que firmamos com nossos Orixás que realizaremos dentro daqueles períodos estabelecidos.
Até certo tempo atrás eu acreditava que só eu como Pai de Santo tinha obrigação a cumprir e hj refletindo melhor vejo que todos os filhos de uma casa de Santo tem obrigação. Uma casa ñ existe pq tem Pai de Santo, antes de tudo ela existe para que o Orixá tenha um espaço sagrado e adequado para ser louvado, além disso, tudo que está nela incluindo as pessoas fazem parte dessa casa e para ela funcionar como se deve todos são obrigados a cumprir as tarefas designadas para cada um.
Essa obrigação existe a partir do momento em que fazemos a nossa escolha, todo mundo pode escolher sua religião esse é o famoso livre-arbítrio, agora, após a escolha todos devem arcar com as consequencias e cumprir suas exigências
Essas exigências existem em qquer religião... e é isso que faz a diferença entre elas...
A demanda crescente de protestantes nos mostra que eles são mais comprometidos com a religião do que qquer outro, assim como os muçulmanos tb... já em nossa religião, assim como na religião católica eu percebo que são muito poucos aqueles que efetivamente fazem algo por ela ou pelo seu templo ou pelos seus sacerdotes... é como se fosse uma religião de passagem... hj eu preciso serei prestativo... atingi meu objetivo deixo de ser prestativo...
Esse pensamento peqno faz um enorme estrago dentro de uma casa de santo pq promove o desinteresse de uma forma geral..
Outra coisa que eu percebo é que qto mais velho de casa... menor a importancia que se dá a ela... o que deveria ser diferente...pq a tendencia é alguns filhos abrirem suas próprias casas... e este é o exemplo que ele quer passar para os seus filhos??? é assim que eles querem que seus filhos se comportem???
Tenho certeza que não e por isso a partir de agora exigirei de cada um dos meus filhos que estão realmente afim de prosseguir em minha casa, respeito, cumprimento de suas obrigações e deveres, pq se eu faço o meu melhor para o Orixá e tb para todos sentirem orgulho de nossa casa... acho que a casa merece o melhor de todos... e se todos fizerem o seu melhor... tenho certeza que seremos pessoas melhores e teremos o mérito para recebermos de Deus e dos Orixás todas as melhores bençãos possíveis.
Reflitam e vejam se vão se enquadrar neste nosso perfil da nossa casa, se acharem que não são capazes, peço que deixem espaço para aqueles que são e que querem fazer a diferença.
Axé....

Texto de Babá Alexandre de Odé.....





Bom  estamos  aberto  a  comentários e  sugestões...



Axé  A  todos .....



Aguardem o   próximo ......












 

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Historia De Exu e Pombo Gira !!!!!

A Lenda Maria Padilha.

Vou contar uma lenda de uma pobre Maria, Que conheceu o luxo e a agonia! 
Vou contar a lenda de Maria Padilha, Que escondia a sedução sob a mantilha! 
Ela viveu no século XIV, cheio de magia, Misticismo e fantasia! Ela nasceu na Espanha valorosa, Formosa e maravilhosa! Ainda criança, Maria Padilha foi abandonada... Por sua mãe , que era uma coitada ... 
Ela era filha de mãe solteira ... E virou uma órfã verdadeira ! 
Ela nunca teve uma família inteira... Assim, ela foi criada por uma feiticeira! 
Ela gostava de dançar o “flamenco” sensual.. De uma forma especial! 
Ela gostava de vestir preto e vermelho... Para treinar a dança no espelho! 
Na adolescência, ela virou uma cortesã elegante... Conhecendo muita gente importante! Ela foi apresentada à Dom Pedro I de Castela... De uma forma elegante e bela... Pelo primeiro ministro numa festa... Ao som de uma linda orquestra! Assim, os dois dançaram... E se apaixonaram... Mas, Pedro estava noivo de Branca de Bourbon, Que era frágil e sempre saia do tom! Mas, Maria Padilha fez uma bruxaria, 
Que gerou uma grande agonia: Ela jogou um feitiço no cinto em que Branca... 
De uma forma ingênua e franca... Presenteou o seu amado... De um jeito calado! 
Assim, depois do casamento... Sem nenhum sentimento... Aconteceu um tormento: 
Branca, dois dias depois, foi abandonada... Sem entender, absolutamente, nada! 
Depois, os membros bastardos da família real... Seqüestraram Pedro de um jeito sensacional! Mas, com a ajuda de Maria Padilha... Pedro escapou de toda aquela matilha! Então, ele decidiu transferir sua corte para Alcazar de Sevilha... 
Junto com sua amada Maria Padilha! Depois, ele bolou uma vingança sem piedade... E matou seus nove irmãos traiçoeiros de verdade! Por causa desta vingança de fel... Ele ficou conhecido como: Pedro, o cruel ! 
Com Maria Padilha, ele teve 4 crianças ... Carregadas de coragem e esperanças ! 
Porém , um dia ... Cheio de agonia ... A linda Maria ... Morreu vítima da peste negra com muita dor ... Mas , Pedro chorando com ardor ... Nomeou a amada morta como rainha original ... De uma forma especial ! Porém Pedro , o cruel ... 
Conheceu o próprio fel ... Morrendo nas mãos do único irmão bastardo que escapou a sua ira ... Mas , que conheceu a atrocidade e a mentira ! 

Esta é a história de Maria Padilha , 

Fonte( Site  Wikipedia)

A Lenda de Marabô.



Seu vulgo na magia negra (Exú Marabô ). Se tratar de uma entidade que quando vida teve, viveu na magia negra com o titulo de Feiticeiro Senhor da Tribo em uma época medieval, mais antiga que a própria antiguidade. Muitos pesquisadores relatam que pode ser encontrada parte da Biografia dessa entidade até hoje no Norte da Rovaniemi "Norte da Finlândia" - Onde esta localizada a mata gelada. Na magia negra  foi um Feiticeiro Bruxo que carregava seus conhecimentos da Magia e Bruxaria em suas 7 cabaças. Sendo aprendiz de Bruxos e de Feiticeiros D'rumas.  sendo pelos seus ritos e feitos na magia negra, por derrubar uma manada de Búfalos que todos da tribo os temiam assim como o Rei também. Marabô com seu poder na magia negra foi capaz de salvar a tribo de uma manada de Búfalos os desafiando sozinho. Recebeu do Rei da Tribo o nome de Feiticeiro Senhor da Tribo e passou a ser chamado por todos de Marabô Toquinho por ser ágil, consciente, astucioso, alto e extremamente forte.

Fonte ( site Wikipedia).

Lenda de João Caveira


João Caveira é o nome de uma falange de exu de Umbanda (entidade espiritual) da Quimbanda e Umbanda brasileira.
Trata-se de uma das falanges de entidades responsáveis pelo encaminhamento das almas (espíritos desencarnados) que nos vagam cemitérios para áreas de captação e triagem.
É representado por um homem carregando um crânio humano. Em outra versão é a própria caveira em pé. Normalmente é associado como estando localizado no portão do cemitério (calunga), mas sua ação é muito mais abrangente.
Suas manifestações mediúnicas são ocorrentes nos terreiros. É uma entidade séria e de poucas palavras, normalmente indo diretamente ao assunto.
João Caveira pertence à falange do Exu Caveira, que por sua vez é regida pelo orixá Omolu.

Fonte de Pesquisa( site Wikipedia).


As Yabas!!!!

A historia das Yabas.
Nana,Yemanjá,Oyá, Oxum,Ewá,Odudua e Obá.

Nana Buruku, A deusa Criadora: Filha de Olodumaré, e a deusa-mãe primordial. Na África, as mulheres idosas e respeitáveis são chamadas “Nana”, que significa “raiz”.
Em algumas regiões Africanas, ela tem seu culto ligado a Obaluayê e Oxumarê e é considerada a Deusa – Anciã, a portadora da sabedoria dos mais velhos.
Muitos atribuem sua origem ao Daóme, embora seja difícil afirmar isso: Os pesquisadores identificam muitos outros locais possíveis de origem. O povo ashanti, tem um culto à deusa primordial sob muitos aspectos, os quais denominam Nanã Inie e que desempenham o mesmo papel criador do deus supremo. Nos templos dedicados a essas entidades, extensão da deusa existe um trono consagrado á Grande Mãe, é somente a sacerdotisa de Nanã Inie pode tocar nele.
Na África, os cantos dedicados a Nanã são em Yoruba Arcaico, o que indica a antiguidade a seu  culto.Por ocasião dos festivais existem a peregrinações em  Gana e próximo a Togo.Lá os fieis se reúnem ao redor da arvore sagrada de figo (Odan) cantam e dançam ao som dos tambores e agogôs   
Lenda: Conta-se que no início do mundo, Oxalá encarregado por Olorum de criar os seres humanos, tentou fazê-lo com vários materiais: pedra, madeira, folhas, água e até ar, mas nada dava certo. Então Nanã resolveu ajuda-lô, e como dona da lama. Entregou a Oxalá o material ideal para modelar os novos seres humano, mas com uma condição: após o tempo de vida de todos os seres, estes deveriam ser entregues de volta á ela e a terra.Por esse motivo, na cultura africana, os mortos devem ser enterrados e a terra é considerada a porta de entrada e saída do mundo material.Tanto assim que o conceito de passar para o mundo espiritual o Orun, mesmo quando o Orixá deixa o Yawô ou no Jargão:desvira, a palavra usada Wolé, entrar a terra: Contrario a idéia crista de que passar para o plano espiritual seria subir ao céu .
                                                                               
  Fonte (livro Orixás /Reginaldo Prandi)

Yemanjá

A Deusa Matriz da Criação, cujo nome deriva do Yéyé Omo Ejá ( mãe de todos os peixes)é na África  o Orixá dos Egbá, uma nação yoruba que vivia outro numa região entre Ifé e Ibadan.Nessa região, Yemonjá era adorada como Orixá padroeira e na natureza, seu santuário era o rio Yemonjá. Era ali, segundo seus fiéis , que seu axé se assentava e emanava mais fortemente, espalhando-se por toda parte; quando se desaguava no mar; o rio leva o axé de Yemonjá para todo o planeta.Depois  em razão de guerras tribais esse povo imigrou para Abeokutá e, como não podiam transportar o rio consigo, levaram os cristais, objetos sagrados e tudo o que significava o suporte do axé(poder) da sua deusa.Eles tranferiram o axé para o rio Ogun (não confundir o Orixá que tem o mesmo nome), que atravessa Abeokutá.Desde então o rio e morada de Yemonjá.  Na Bahia dizem que os iniciados dizem que há sete aspectos de Yemonjá; Yemowô,a esposa de Oxalá; Yamassê, a mãe de Xangô; Ewá, a mãe do mistérios da águas profundas ;Olossá, a senhora da Lagoa africana na qual deságuam os rios de Abeokutá; Yemonjá Ogunté,  casada com Ogun Alagbedé.Para alguns ela seria a mãe de Ogun: Yemonjá Assabá, aspecto no qual a deusa tece os fios da trama da vida;Yemonjá Assessu, a deusa que rege tanto as águas doces  como as águas salgadas, o aspecto mais misterioso e poderoso desse Orixá.
Yemonjá a filha de Olokun, o senhor dos oceanos. Era possuidora de um grande instinto maternal que fez dela mãe de dez filhos. Embora casada, não tinha grande apego por seu marido. Às vezes, pensava em deixá-lo, mas ele era um homem muito importante e poderoso, então permitiria tal desonra. Yemonjá também pensava no bem-estar de seus filhos, não podendo deixá-los desamparados. Seu marido usava o poder com tirania, inclusive com sua família, tornando a vida dela insuportável. Ela não agüentava mais se submeter aos caprichos de um homem que era desprezava. Ela procurou seu pai para aconselhar-se sobre a atitude que deveria tomar. No fundo ela já estava decidida  a fugir, mas precisava de seu apoio.Olokun não a recriminou, pois ela era uma soberana, como tal , não poderia aceitar o jugo de ninguém .Ele, então deu a sua filha uma cabaça com encantamentos, para que ela usasse quando ela estivesse em perigo.Yemonjá colocou seu plano em pratica , fugindo com todos os seus filhos.Quando ela já estava bem longe de sua ladeia viu que estava sendo perseguindo pelo exercito do seu marido .Pensou em enfrentá-lo, mas eles eram muitos e seria uma luta desleal.Yemonjá odeia confrontos , pela destruição que causaram, já que é um orixá propagador de vida.Quando se sentiu acuada, resolveu abrir a cabaça e pedir socorro ao seu pai .Do seu interior escorreu um liquido escuro,que ao tocar o chão, imediatamente formou um rio , que corria em direção ao oceano. Foi nessas águas que Yemonjá e seu povo encontraram um  caminho para a liberdade.

Fonte: ( Livro Mitologia dos Orixás de Reginaldo Prandi).     

Oyá Sopra a Forja de Ogum e Cria O Vento e a Tempestade.

Oxaguiã estava em guerra, mas a guerra não acabava nunca tão pouco eram as armas para guerrear. Ogum fazia
lentamente.Oxaguiã pediu a seu amigo Ogum urgência mas o ferreiro já fazia o possível.O ferro era muito
demorado para se forjar e a cada ferramenta nova tardava como o tempo, tanto reclamou Oxaguiã  que Oyá , esposa
do ferreiro, resolveu ajudar Ogum a apressar o fabrico.Oyá se pós a soprar o fogo  da forja de Ogum e seu sopro
aviava intensamente as chamas e o fogo mas forte derretia o ferro ,logo Ogum pôde fazer muito mais armas e com
armas Oxaguiã venceu logo a guerra.Oxaguiã veio então agradecer Ogum e na dele enamou-se  de Oyá , um dia
fugiram Oxaguiã e Oyá , deixando Ogum enfurecido e sua forja fria.Quando mais tarde Oxaguiã voltou a guerra
quando precisou de armas muito urgentemente ,Oyá teve que a reavivar a forja, mas não quis voltar para a casa de
Ogum e lá da casa de Oxaguiã soprava em direção a forja de Ogum e seu sopro atravessava toda  a terra que
separava a cidade de Oxaguiã e a de Ogum  e seu sopro cruzava os ares e arrastava consigo pó , folhas e tudo
o mais pelo caminho até chegar as chamas que com furor atiçava  e o povo se acostumava com o sopro
de Oyá cruzando ares  e logo chamou de Vento.E quando mais guerra , era terrível e mais urgia a fabricação das
armas, mais forte soprava  Oyá a forja de Ogum , tão forte  que as vezes destruía tudo pelo caminho , levando casas ,
arrancando arvores e arrasando cidades e aldeias.O povo reconhecia o sopro destrutivo de Oyá e o povo passou a
chamar a senhora do vento e da tempestade.

Fonte: (Livro Mitologia dos Orixás de Reginaldo Prandi.)


Oxum Faz as Mulheres Estéreis em Represália aos Homens.
Logo que o mundo foi criado, todos os Orixás vieram para a terra e começaram a tomar decisões e dividir encargos entre eles, em eles, em quais só os homens podiam participar. Oxum não se conformava com essa situação. Ressentida pela exclusão, ela vingou-se dos Orixás masculinos, condenou todas as mulheres a esterilidade, de sorte que qualquer iniciativa masculina no sentido da fertilidade era fadada ao fracasso. Por isso, os homens foram consultar Olodumaré, estavam muito alarmados e não sabiam o que fazer sem filhos para criar e nem herdeiros para quem deixar as posses, sem novos braços para criar novas riquezas e fazer as guerras e sem amor e descendentes para não deixar morrer suas memórias. Olodumaré soube então que Oxum fora excluído das reuniões, ele aconselhou os Orixás a convidá-la e as outras mulheres, pois sem Oxum e seu poder sobre a fecundidade nada poderia ir adiante.
Os Orixás seguiram os sábios e conselhos de Olodumaré e assim sua iniciativa voltou a ter sucesso. As mulheres tornam a gerar filhos e a vida da terra prosperou.

Fonte: (Livro Mitologia dos Orixás de Reginaldo Prandi.)
Odudua Constrói um Abrigo para Seu Amado Caçador

Certo dia, se suas andanças pela floresta, Odudua encontrou um caçador de rara beleza e por ele perdidamente se apaixono. Ambos resolveram viver momentos de prazer e afeto, naquele lugar então Odudua construiu uma Choupana, um abrigo para viver com Odé, um lugar para os deleito dos enamorados. Odudua seguiu seu caminho, mas prometeu, em nome daquele amor, que foi passageiro mais muito intenso: prometeu proteger todos os humanos que fossem ter naquele lugar onde se amaram Odudua e Odé.
                                                           Fonte: (Livro Mitologia dos Orixás de Reginaldo Prandi.)
Obá e Possuída por Ogum.

Obá escolheu a guerra como prazer nesta vida, enfrentava qualquer situação e assim procedeu com quase todos os Orixás.
Um dia Obá desafiou para a luta Ogum, o valente guerreiro. Ardiloso Ogum, sabendo do jeito de Obá, consultou o Babalaô. Ele aconselhou Ogum a fazer oferenda de espiga de milho e quiabo tudo pilado, formando uma massa viscosa e escorregadia.
Ogum preparou tudo como foi recomendado e depositou o ebó  num canto do lugar onde ia lutar.Chegada a hora Obá  em tom desafiador começou a dominar  a luta .Ogum levou ao local onde estava a oferenda, Obá pisou no ebó,escorregou e caiu, Ogum aproveitou-se da queda de Obá num lance rápido  tirou-lhe os panos  e a possuiu ali mesmo, tornando-se assim, seu primeiro homem e mais tarde  Xangô roubou Obá de Ogum.

 
Fonte: (Livro Mitologia dos Orixás de Reginaldo Prandi.)

Ewá se Desilude com Xangô e Abandona o Mundo dos Vivos.

Ewá era filha de Obatalá, vivia enclausurada em seu palácio. O amor de Obatalá por ela era possessivo, a fama de sua beleza chegava a toda parte, inclusive aos ouvidos de Xangô. Mulherengo como era Xangô planejou seduzir Ewá. Empregou-se no palácio para cuidar dos jardins, um dia Ewá apareceu na janela e deslumbou-se com o jardineiro. Ewá nunca vira um homem assim tão fascinante. Xangô deu muitos presentes a Ewá: Deu-lhe uma cabaça enfeitada de búzios, com uma obra por fora e mil mistérios por dentro, um pequeno mundo de segredos, um Adô. Ewá entregou-se a Xangô, ele fez ela muito infeliz até que ela renegou sua paixão.
Decidiu se retirar do mundo dos vivos e pediu ao pai que enviasse o lugar distante, onde homem algum pudesse vê-la novamente. Obatalá deu então a ela o reino dos mortos, que os vivos temem e evitam. Desde então é ela que domina o cemitério. Ali era entrega a Oyá os cadáveres dos humanos, os mortos que Obaluayê conduz a o Orixá Oco, e que devora para que volte novamente a terra, a terra de Nanã de que foi um dia feito. Ninguém incomoda Ewá no Cemitério.   

Fonte: (Livro Mitologia dos Orixás de Reginaldo Prandi.)

Ewá se Desilude com Xangô e Abandona o Mundo dos Vivos.

Ewá era filha de Obatalá, vivia enclausurada em seu palácio. O amor de Obatalá por ela era possessivo, a fama de sua beleza chegava a toda parte, inclusive aos ouvidos de Xangô. Mulherengo como era Xangô planejou seduzir Ewá. Empregou-se no palácio para cuidar dos jardins, um dia Ewá apareceu na janela e deslumbou-se com o jardineiro. Ewá nunca vira um homem assim tão fascinante. Xangô deu muitos presentes a Ewá: Deu-lhe uma cabaça enfeitada de búzios, com uma obra por fora e mil mistérios por dentro, um pequeno mundo de segredos, um Adô. Ewá entregou-se a Xangô, ele fez ela muito infeliz até que ela renegou sua paixão.
Decidiu se retirar do mundo dos vivos e pediu ao pai que enviasse o lugar distante, onde homem algum pudesse vê-la novamente. Obatalá deu então a ela o reino dos mortos, que os vivos temem e evitam. Desde então é ela que domina o cemitério. Ali era entrega a Oyá os cadáveres dos humanos, os mortos que Obaluayê conduz a o Orixá Oco, e que devora para que volte novamente a terra, a terra de Nanã de que foi um dia feito. Ninguém incomoda Ewá no Cemitério.   

Fonte: (Livro Mitologia dos Orixás de Reginaldo Prandi.)












Historia Do Àbássá!!!

A historia do Àbássá de Xangô Obafunlé
Mãe Dida iniciou sua vida espiritual ainda muito nova, desde criança teve contato com a espiritualidade por ter morado com sua família (pai, mãe e irmãos) dentro de uma casa de santo. Quando adulta, na época, casada com José (Ogan Alabé do Àbássá de Xangô) e mãe de três filhos: Cristiano, Alexandre (Babalorixá do Àbássá de Xangô) e Verônica (Egbonmi do Àbássá de Xangô), tornou-se adepta do culto de Umbanda, em um terreiro localizado no bairro do Jardim Moreira – Guarulhos, na grande São Paulo.O terreiro denominado: Templo de Umbanda Cacique 7 Estrelas, era comandada pela madrinha Teresa (in memoriam) onde Mãe Dida ficou por mais de 10 anos (1980 à 1991) como filha, desenvolvendo sua mediunidade e tendo suas entidades reconhecidas. Neste período seu filho Alexandre, na época com 8 anos de idade, também se tornou adepto do culto de umbanda, pois desejava ser tocador de atabaque.
No final do ano de 1991, Mãe Dida encontra-se com uma amiga que diz conhecer um babalorixá que havia vindo a pouco de Caruaru – PE e leva mãe Dida para conhecê-lo. Ao entrar no local onde estava o sacerdote ao vê-la diz: “Kawó Kabièsílé!!”, que significa (“Venha ver o Rei descer sobre a casa!!”). Este momento mudou a vida de Mãe Dida, que teve o Orixá Xangô Agodô confirmado como seu Pai e que havia a necessidade de iniciá-lo nos preceitos do Nagô-Egbá. Então Mãe Dida segue em viagem para Caruaru para ser iniciada no santo.
Filho do culto Jeje-Egbá, traçamento da Nação Djedje com a Nação Nagô-Egbá – da raiz do Sítio de Pai Adão - muito conhecida em Pernambuco, mãe Dida torna se filha de Iyakujabinita e Iyaomilaxé - Pai Monteiro de Oyá e Mãe Cleuza de Oxum, respectivamente, recebendo o Orunkó (nome dado à pessoa que é iniciado no Santo) Obafunlé e tendo como padrinhos dois sacerdotes de Ogun Pai Ronaldo e Pai Jesus. Mãe Dida, então iniciada, retorna para SP e no ano seguinte, em 1992, funda, junto com seu Babalorixá (Pai Monteiro de Oyá), o “Àbássá de Xangô Agodô e Obafunlé” (nome sugerido pelo seu Babalorixá - é sabido que a palavra Àbássá significa terreiro que segue preceitos da Nação Angola, porém não se sabe o motivo da escolha do nome), tendo 2 de seus filhos de sangue (Alexandre e Verônica) como adeptos entre outros.Futuramente houve uma divisão de idéias e a união chega ao fim por Xangô ser dono da casa e não ter aceitado o comando de Oyá, daí trançando um futuro glorioso para esta comunidade.
Mãe Dida e seu Babalorixá se separam, porém ela ainda continua com a sua Yalorixá – Mãe Cleuza de Oxum, que vem a se tornar Yalorixá de seu filho Alexandre, que teve o Orixá Odé Erinlé confirmado e iniciado em 1995 nos preceitos Jeje-Egbá, recebendo o Orunkó Odetumbi.
Alguns anos se passaram e Xangô pediu que nomeassem Alexandre como Babalorixá da casa.
Mãe Cleuza “vira folha” (termo utilizado quando a pessoa muda de Nação) para Ketu, assim Mãe Dida e seu filho Alexandre, também “viram folha” recebendo o Deká (obrigação de 7 anos de santo iniciado) com Pai Rogério de Iemanjá “Yatogun” (também iniciado na raiz do Sítio de Pai Adão) e Mãe Cleuza de Oxum.
O candomblé de Mãe Dida e, o agora, Pai Alexandre se tornou a mais nova Casa de Ketu de Guarulhos, nação esta que também virou febre em São Paulo.
O fato ocorrido com Pai Monteiro se repetiu e desta vez Pai Rogério e Mãe Cleuza também não foram aceitos por Xangô, ficando Mãe Dida e Pai Alexandre sem zeladores por um longo período. Cansado dos problemas ocorridos e buscando voltar para as origens do Egbá, depois de muita pesquisa, coisa que aprecia muito, Pai Alexandre junto com um amigo conhecido como “Toninho de Iansã” conseguem informações preciosas sobre a casa raiz do Nagô-Egbá, conhecida como Sítio de Pai Adão. Junto a essas informações, Pai Alexandre consegue o telefone de Manuel Papai, neto carnal de Pai Adão, herdeiro do axé do Sítio e atual sucessor. Assim Mãe Dida e Pai Alexandre partem em viagem até o Bairro da Água Fria em Recife – PE, local onde se localiza o Sítio de Pai Adão e lá retornam às raízes de onde nasceram para o Orixá.
De volta à São Paulo trouxeram os fundamentos necessários para tocarem o Nagô-Egbá preservando seus fundamentos e respeitando as tradições já estabelecidas e conhecidas no “Àbássá de Xangô Agodô e Obafunlé”.
Hoje a casa de Mãe Dida e Pai Alexandre é bem conhecida, sendo muito visitada e bem freqüentada por músicos, atores, cineastas, jornalistas, políticos, intelectuais, e pessoas de todos os tipos e classes sociais.
Vale ressaltar que coincidentemente, assim como, o “Sítio de Pai Adão” está associado ao Maracatu, bloco de rua de cultura afro, o “Àbássá de Xangô” também está vinculado ao Bloco Ilú Oba de Min, um grupo de mulheres percursionistas que levam para a rua a música, dança, cultura e arte negra. O Ilú Oba foi fundado por Adriana Aragão (filha de Ogun, sobrinha de Mãe Dida e Egbonmi do Àbássá de Xangô) e Elisabete Belizário, conhecida no meio artístico como “Beth Beli” (filha de Oxossi eborizada no Àbássá de Xangô), tendo como responsáveis religiosos Mãe Dida e Pai Alexandre e tendo como patrono o Orixá Xangô. O grupo tem formação de aproximadamente 100 mulheres percursionistas e alguns homens na Corte (Bale Folclórico dos Orixás).
Termina por aqui, mas tenho que relatar uma conversa de Mãe Dida com o Cacique 7 Estrelas (entidade espiritual de sua madrinha Teresa): 
O Cacique 7 estrela disse: “Um dia minha filha você será muito conhecida”Mãe Dida respondeu: “Meu pai como alguém será conhecida limpando banheiro.” (disse ela referindo-se à sua profissão de empregada doméstica).E hoje eu Marcelo de Oxumaré (Omolopé) digo a senhora “Viu que o Cacique tinha razão e hoje a senhora é conhecida e aclamada por todos?”. 
Axé!!!
 Editor: Marcelo(Adaptação  Alexandre Freires e Valdeilda Freires.)